Este trabalho foi elaborado mediante experiência vivenciada, no decorrer de um ano, de um projeto de extensão cujo objetivo central foi minimizar os riscos decorrentes da ausência de práticas corretas de higiene em crianças e adolescentes imersos num ambiente de pobreza. O trabalho foi desenvolvido numa instituição filantrópica, casa abrigo de Petrolina-PE. Como recursos metodológicos, utilizamos oficinas com atividades lúdicas nas quais procuramos orientar cuidados básicos de promoção à saúde como: higienização correta das mãos, corporal, dos alimentos e preservação do meio ambiente. A experiência revelou que os agravos individuais e sociais das crianças e adolescentes que vivem, ou passam grande parte do tempo, nas ruas e/ou são provenientes de famílias carentes, compõem uma problemática de saúde pública que, passa despercebida pela sociedade e gestores públicos. Foram observados vários agravos que podem ser decorrentes da associação de hábitos de higiene inadequados e condições precárias de saneamento básico. Tais fatores contribuem para a ocorrência de doenças infecto-contagiosas, diversas verminoses e doenças de pele. Salientamos que, perante esse quadro, o profissional de saúde pode e deve identificar a criança e adolescente em situação de risco, enquanto segmento social extremamente vulnerável, para o desenvolvimento de ações específicas, a partir da Educação em Saúde como estratégia de ação. Também constatamos que a higiene, embora reconhecida como de grande benefício para os seres humanos na promoção da saúde e prevenção de doenças, costuma ser negligenciada na faixa etária até os 16 anos. Dessa forma a melhoria da qualidade de vida desses sujeitos carentes passa necessariamente, pela diminuição de sua vulnerabilidade e promoção de hábitos saudáveis de vida. Assim, as ações desenvolvidas foram de fundamental importância, pois muitos jovens demonstraram apreender os conteúdos perpassados sobre a importância da saúde preventiva em suas vidas cotidianas.