Esta temática foi definida em consideração dos riscos e conseqüências que o gerenciamento inadequado dos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (RSS) pode acarretar à saúde humana e, do fato deque um dos elementos da vulnerabilidade da saúde e risco ambiental resulta da falta de conhecimento sobre o gerenciamento dos RSS. Partindo desse pressuposto, elaboramos este relato de experiência no qual utilizamos a RDC n°306, artigos e, demais resoluções que abrangem este tema como base teórica para relatar nossa vivência em campos de prática hospitalares, com o objetivo de analisar tais resoluções em face do que se observa nos hospitais públicos e assim, promover reflexões acerca das práticas de gerenciamento dos RSS e estabelecer pontes com a educação, como forma de prevenir acidentes e melhorar a qualidade de vida da equipe de saúde e de seus clientes. Após a coleta e análise dos dados, foi possível verificar que, comumente, tais estabelecimentos de saúde não se constituem em locais biosseguros, nos quais podem ser identificados resíduos em acondicionamentos inadequados, misturados com outras classes e tipos, desperdício de materiais e grande volume de resíduos contaminados. Em se tratando de ambiente hospitalar, esses achados apontam para riscos físicos, químicos e biológicos e, para cada um deles há normas específicas disponíveis visando proteger a clientela desses estabelecimentos, a saber: o paciente, o trabalhador da saúde e o acompanhante. Assim, podemos concluir que, perante os riscos que um gerenciamento inadequado dos RSS pode acarretar à saúde, se faz necessária a existência de uma política institucional construída por equipe de gerenciamento de resíduos hospitalares, a qual contribua para minimização dos riscos para os clientes, a equipe hospitalar e o ambiente. É importante salientar ainda, que o destino adequado dos RSS, através de ações básicas, protege o meio ambiente e a sociedade, no entanto, nem sempre se observa a presença dessa equipe nos hospitais.