Este trabalho consiste num relato de experiência, resultado de um projeto de extensão desenvolvido de agosto de 2008 a julho de 2009, com famílias carentes em situação de risco, com o objetivo de promover os benefícios da Educação Sanitária para melhoria da qualidade de vida dessas. A metodologia utilizada constou de dois momentos: primeiro foi feito um levantamento bibliográfico para aprofundamento do tema e visitas de campo para conhecer a realidade vivida pelas famílias, e num segundo momento o trabalho de campo para confrontamento da teoria com a realidade vivenciada por essas famílias e o desenvolvimento de ações em Educação Sanitária. No decorrer do projeto de extensão foi possível observar que vários são os problemas de saúde que podem ser causados pela degradação do meio ambiente e das condições sanitárias, como diversas verminoses e doenças de pele. O entorno social, no qual vivem estas famílias carentes em situação de risco apresentam muitos problemas de ordem socioambiental, como falta de saneamento básico, serviços e equipamentos públicos. Assim, podemos dizer que tais famílias estão imersas em um ambiente de degradação socioambiental, fundado na exclusão e carência generalizada. Portanto, os fatores de risco à saúde são conseqüências da exclusão social, do desemprego, da carência das condições básicas de moradia, saúde e educação, de práticas educativas ineficientes, além da ausência de base familiar estruturada. Diante desse quadro, as mudanças dos hábitos cotidianos, a partir da educação sanitária, podem se constituir num fator significativo para a promoção da saúde. Portanto, sendo a Educação Sanitária uma prática de grande benefício para a saúde individual e coletiva, em se tratando dessas famílias carentes, pode ser usada como uma arma para a prevenção de doenças. Observamos que a Educação Sanitária influencia nas condições de vida de famílias, sendo de grande relevância para minimizar os impactos da degradação socioambiental que estão expostas.