Os acidentes de trabalho gerados por material pérfuro-cortante entre profissionais de enfermagem são freqüentes, devido à constante manipulação de agulhas, ausência de medidas preventivas e por esses profissionais estarem intimamente relacionados ao cuidado direto ao cliente, potencializando os riscos para ferimentos ocupacionais. Tais acidentes, além de acarretar prejuízos às instituições e aos trabalhadores, afetam a saúde física e mental dos mesmos, o que causa mudanças nas relações de trabalho, sociais e familiares. Este trabalho de natureza básica e abordagem quantitativa, tem como objetivo geral vislumbrar a ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo material pérfuro-cortante. Foram utilizados dados estatísticos colhidos em um hospital público na cidade de Petrolina-PE no ano de 2008. As informações foram analisadas a luz de autores que discutem a temática. As variáveis enfocadas foram o número de casos e profissionais envolvidos em acidentes de trabalho com objetos pérfuro-cortantes, com ênfase aos profissionais de enfermagem. Percebe-se que há uma quantidade significativa de casos, destacando-se os profissionais de Enfermagem que são responsáveis por 71,4% dos casos. Este fato contribui para o desenvolvimento de patologias dentre os profissionais de saúde, gerando um aumento de custos governamentais, o que poderia ser evitado adotando-se medidas preventivas, como capacitação dos profissionais e manejo adequado do material pérfuro-cortante. Em suma, acidentes com estes materiais estão cada vez mais presentes entre os profissionais de saúde. Torna-se, portanto, fundamental medidas de controle e de prevenção de acidentes em ambiente ocupacional. Frente a sobrecarga de atividades entre os membros da equipe de enfermagem, empiricamente relatadas, a delegação do trabalho, aumento do número de profissionais e sensibilização adequada são pontos importantes nesta reestruturação.