O preparo e a administração de medicamentos são práticas realizadas no cotidiano do profissional de enfermagem. Para a garantia de segurança que haja segurança aos pacientes na utilização dos medicamentos, faz-se necessário que os profissionais envolvidos no sistema de medicação tenham o conhecimento e o entendimento do conceito de erro na medicação de maneira clara, para que possam identificar o erro bem como as situações facilitadoras para sua ocorrência. O presente estudo teve como objetivo avaliar os fatores de erro de medicação entre os profissionais de enfermagem que trabalham em hospitais e postos de saúde no Município de Imperatriz – MA. A amostra foi constituída de 90 profissionais de enfermagem que têm a medicação como rotina de trabalho em sua prática. Trata-se de um estudo multicêntrico de natureza bibliográfica e quali-quantitativa, tendo como referencial teórico a abordagem sistêmica do erro. Os dados foram obtidos no período de setembro a novembro de 2006, a partir da aplicação de um questionário composto de questões objetivas junto ao público-alvo. Pela análise dos resultados, observou-se que os principais fatores de erro de medicação foram a ocorrência freqüente de: a) prescrições médicas de difícil compreensão ou ilegíveis, b) utilização de cateter sobre agulha e c) presença de flebites em regiões de venóclise. Além disso, observou-se que raramente a dose de medicamentos e a infusão medicamentosa foram diferentes da prescrita. Também foram relatadas situações em que não foi feita a checagem devida do prontuário do paciente antes da sua administração. Assim, constatou-se a existência de situações facilitadoras para a ocorrência de erro no sistema de medicação, destacando-se que os processos de prescrição e administração de medicamentos oferecem maior risco de promover um erro na medicação.