Em termos epidemiológicos, o grupo populacional de mulheres carcerárias, em toda parte, tendem a necessitar mais de assistência à saúde que a população em geral. O ambiente prisional é um fator condicionante e determinante para a proliferação de doenças e agravos, haja vista diversos agravantes, como as condições sanitárias insalubres, superlotação das celas e a (quase) inexistência de serviços de saúde. As mulheres encarceradas constituem um grupo especialmente vulnerável a vários problemas de saúde, principalmente doenças infectocontagiosas. Nessa perspectiva, este estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de caráter exploratório, tendo por objetivo fazer um breve levantamento sobre os principais problemas de saúde que acometem esse grupo de mulheres. Observa-se nas pesquisas que o último censo penitenciário registrou uma população de 129.169 sentenciados, sendo a população feminina representada 3,7 % desse contingente. A pesquisa revelou ainda que muitos estudos apontam uma rápida disseminação de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), sendo o principal problema de saúde a atingir populações confinadas, como as que estão encarceradas. A relação existente entre mulheres encarceradas e as várias IST são decorrentes do ambiente em que se encontram atualmente, acompanhados de fatores como aspectos culturais, sociais e econômicos antecedentes ao seu confinamento e que permeiam o seu encarceramento. Sendo assim, as informações geradas com esse estudo têm a finalidade de promover uma reflexão sobre o modo de vida destas pessoas, e é o primeiro passo para promover uma assistência à saúde integral, digna, e reintegradora destas no meio social.