INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae; de evolução crônica, com maior incidência nas áreas mais pobres. Acomete principalmente pele e nervos periféricos, e pode repercutir em perda da sensibilidade protetora do epitélio, do tônus e da força muscular, muitas vezes irreversível, levando o indivíduo à incapacidade física. OBJETIVO: Analisar as referências atuais a respeito da temática a fim de direcionar a assistência de enfermagem para essas mulheres. METODOLOGIA: O trabalho tem o caráter descritivo, realizado através de uma revisão bibliográfica do assunto abordado. DISCUSSÃO: Não é raro observar nos serviços especializados mulheres cujas as primeiras manifestações da hanseníase aconteceram durante a gravidez. Vários autores citam a associação da gravidez ao aparecimento, agravamento e recidivas da doença em pacientes consideradas curadas; bem como, a um aumento da freqüência dos estados reacionais e à predisposição aos surtos de eritema necrosante. Durante a gravidez o bacilo não é transmitido ao feto pela placenta; o importante é que a mulher seja tratada para que ela não transmita a doença. Pacientes com formas bacilíferas têm percentuais maiores de gestações ectópicas, óbitos fetais, crescimento intra-uterino retardado, baixo peso fetal e placentário, abortamentos e prematuridade. O tratamento deve ser instituído durante a gestação e lactação, lembrando que não há contra-indicação da amamentação. CONCLUSÕES: Destaca-se o papel do enfermeiro, particularmente associando-se à prevenção de complicações na gestação, das incapacidades relacionadas à doença e educação em saúde no sentido de obter uma participação consciente e constante da paciente nos programas. Em se tratando da gestante com hanseníase é imprescindível o conhecimento dos profissionais, evitando-se orientações inadequadas e subsidiando o cuidado integral do binômio mãe-filho.