OBJETIVO: fornecer subsídios para discussão do tema enfocando a participação ativa de enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no dilema ético relacionado à distanásia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, através de revisão de literatura do tema abordado. DISCUSSÃO: No decorrer do século XX, a medicina avançou tecnologicamente aumentando a eficiência e segurança de novas modalidades terapêuticas. Porém o emprego exagerado em situações questionáveis, como em pacientes não recuperáveis, fez crescer dilemas sociais, institucionais e profissionais nos aspectos econômicos, éticos e legais pertinentes. Daí, a UTI tornou-se alvo de constantes conflitos éticos relativos ao crescente uso de tecnologias no tratamento de pacientes irresponsivos às terapias disponíveis, com conseqüente prolongamento do processo de morte quando a mesma é inevitável. O termo distanásia, pouco empregado no meio hospitalar, é definido como morte lenta, ansiosa e com muito sofrimento retratando atitude persistente dos profissionais em recuperar o paciente terminal, podendo causar grande desconforto físico e emocional para o mesmo, a família e integrantes da equipe multidisciplinar. A Ética é definida como mecanismo que regula relações sociais do homem objetivando garantir a coesão social e harmonizar interesses sociais e coletivos. A ocorrência de dilemas éticos entre os profissionais no atendimento ao paciente causa muitas reflexões na área da bioética. Como integrante da equipe multiprofissional na UTI, o enfermeiro deve questionar, refletir e debater pontos polêmicos, atuando ativamente na busca de soluções de problemas éticos que ocorrem no cotidiano do trabalho. CONCLUSÃO: diante da problemática apresentada, é de fundamental importância o envolvimento do enfermeiro nos debates dos dilemas éticos, com análise do que deve ser feito, para implementar na prática, a sua atuação no processo de tomada de decisão e resolução de problemas éticos no ambiente da UTI.