A sociedade aborda de diferentes formas a loucura dependendo da sua época e em virtude de determinantes históricos. Na atualidade a questão da loucura é tratada nas Igrejas Pentecostais a partir de testemunhos em que se dá a voz ao fiel para que exponha o seu drama pessoal e, com isso, busque a cura, esse processo terapêutico é socializador na medida em que os sofrimentos físicos ou mentais dão aos sujeitos a possibilidade de lidar com seus problemas e fortalecer os laços na rede social que é a própria comunidade evangélica. Na Bíblia verificam-se várias referências do Novo Testamento onde Jesus trata os portadores de loucura como endemoninhados e lunáticos no que qual se destaca o diálogo entre Jesus e o Gadareno em que o Messias o orienta ao retorno familiar. Considerando que a Igreja Pentecostal utiliza as expressões corporais do indivíduo como forma de observância dos sintomas psicopatológicos do mesmo, abordando problemas psicofuncionais e psicossomáticos os quais causam o sofrimento do corpo e da mente é que buscaremos discutir a seguinte questão: Em que medida o tratamento pentecostal sobre a loucura utiliza-se dos meios terapêuticos empregados por Jesus Cristo? Bem como, a partir dessa análise pretendemos compreender, de que forma esse tratamento religioso serve como parâmetro de políticas públicas em saúde mental.