Uma das maneiras de apreciar a distribuição dos fluidos orgânicos no organismo é mediante o balanço hídrico (BH), o qual é a monitorização rigorosa da administração e eliminação de líquidos, devendo ser mensurados e registrados fidedignamente para comprometer a avaliação do paciente. O objetivo foi analisar a realização dos registros do BH pela equipe de enfermagem. É uma pesquisa documental, realizada em uma unidade coronariana de um hospital terciário, Fortaleza-CE. A coleta de dados foi realizada em oito prontuários, cada um por seis dias, totalizando 48 formulários de BH, além da observação desse procedimento. Para todos os prontuários analisados havia registros de BH, pois esse procedimento é rotina para todos pacientes internados. Quanto aos resultados, constatou-se o predomínio do sexo masculino (75%). Dentre as doenças cardíacas encontradas, houve maior prevalência de infarto agudo do miocárdio (55,3%). Em relação aos registros dos valores do BH, 28 (58,3%) estavam completos. Quanto à legibilidade, 21 (43,8%) registros estavam ilegíveis. Os registros de volume infundido foram: medicamento via oral (54,2%); dieta oral (37,5%); gavagens (80%); medicações endovenosas (93,7%). E a diurese foi medida e registrada em 75% dos casos. Contudo a diurese por sonda vesical era sempre medida por ocasião do balanço parcial, bem como a diurese espontânea em utensílios. Contudo, a diurese por fraldas não era mensurada em virtude da falta de balança no setor. Em 8,3% das prescrições as enfermeiras modificaram os diagnósticos de enfermagem, contudo as intervenções permaneciam as mesmas. Concluiu-se que ainda há ausência e rasuras na mensuração e registros relacionados ao BH, e na prática, foi observado que esses dados são pouco utilizados para nortear as intervenções de enfermagem. Espera-se que esse estudo possa contribuir para a reflexão dos enfermeiros levando à melhoria da assistência de enfermagem ao paciente hospitalizado com necessidade de realizar balanço hídrico.