Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
PARTO HUMANIZADO: UMA QUESTÃO DA BIOÉTICA
Relatoria:
Giselle Carlos Santos Brandão Monte
Autores:
- Aline Priscila Rego de Carvalho
- Ana Carolina Malheiros Cavalcanti
- Karla Romana Ferreira de Souza
- Amuzza Aylla Pereira Santos
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética e bioética: respeito às diferenças
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O processo do parto constitui uma das experiências humanas mais significativas, pois envolve um misto de sentimentos: a dor e a emoção de ser mãe. No entanto, as mulheres vivenciam uma extrema vulnerabilidade devido às ações intervencionistas a elas dirigidas. Pensado nisso o Programa de Humanização do Parto e Nascimento vem buscando novas concepções de cuidado e propondo um novo pensamento e conscientização dos direitos da mulher. Nesse sentido, o parto é um tema no qual a bioética não pode se omitir, já que é o estudo sistemático da conduta humana no âmbito das ciências da vida e da saúde, à luz dos princípios morais. OBJETIVO: Refletir sobre a proposta do Programa de Humanização do Parto e Nascimento à luz da bioética. METODOLOGIA: Estudo de caráter descritivo exploratório através de revisão bibliográfica do assunto abordado. DISCUSSÃO: A maioria dos profissionais vê o parto como um processo predominantemente biológico, onde o patológico é mais valorizado, não reconhecendo a parturiente como condutora desse processo. A mulher é desrespeitada em sua totalidade: ausência de acompanhante, toques vaginais repetitivos, falta de privacidade, indiferença dos profissionais, violência verbal e psicológica, entre outros. Desse modo, o programa de humanização do parto e nascimento propõe resgatar a autonomia, a dignidade e a individualidade da mulher frente ao processo de parturição, atendendo aos princípios da bioética os quais são baseados na beneficência, autonomia e justiça.CONSIDERAÇÕES FINAIS: É necessário repensar as condutas dos profissionais de saúde que assistem a mulher em processo de parto e nascimento frente aos valores morais no atual contexto de grande desenvolvimento tecnológico e científico. Reconhecer a individualidade e a autonomia da mulher é, além de humanizar a assistência, adotar uma prática ética, respeitando as suas necessidades e restituindo o seu protagonismo no processo de parir.