As Teorias Administrativas influenciaram a conduta gerencial da maioria dos enfermeiros, que adotaram princípios da Escola Científica e Clássica para estruturar e gerenciar o trabalho. Apesar de vários hospitais terem implantado novos modelos de gerência que preconizam princípios de co-gestão, estruturas flexíveis e descentralização administrativa, notamos que algumas características da gerência clássica como: fragmentação das atividades, impessoalidade nas relações, centralização do poder, rígida hierarquia, ainda, são marcantes no trabalho da enfermagem. Neste contexto, acreditamos que a enfermagem deverá acompanhar as transformações da sociedade atual. Diante dessas considerações traçamos para esse estudo o seguinte objetivo: analisar, à luz das Teorias Organizacionais, a conduta gerencial dos enfermeiros que atuam no setor Ambulatorial do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Essa investigação de caráter exploratório foi desenvolvida dentro da abordagem quantitativa, sendo posteriormente realizada uma análise estatística descritiva dos dados. Participaram do estudo os enfermeiros da Unidade Funcional Bias Fortes/Borges da Costa. Para a coleta de dados utilizamos um questionário com questões referentes aos dados de identificação e vinte proposições que dizem respeito ao trabalho gerencial desses profissionais. Os resultados mostraram que apesar da existência de características do estilo da gerência clássica em enfermagem, como a fragmentação das atividades, a padronização das tarefas e a rigidez do seu cumprimento, existem tendências às novas abordagens gerenciais na conduta dos enfermeiros investigados. Isso se justifica uma vez que a maioria das respostas privilegiou questões acerca do trabalho em equipe, da descentralização das decisões, da resolução coletiva dos conflitos, da atualização e valorização dos funcionários, visando à satisfação dos clientes e trabalhadores, bem como a produtividade e a responsabilidade compartilhada.