A preocupação com saúde no Brasil começou no século XX, mas foi em 1969, na Campanha de Erradicação da Varíola, que adotou-se o uso da informação para planejar as ações. Tal modelo sofreu transformações até surgir o Sistema de Informação de Agravos de Notificação, o mais importante sistema de informação para a vigilância em saúde hoje. Porém nem sempre os agravos são notificados, e nem todos os campos da ficha são de preenchimento obrigatório, o que gerou algumas questões: todos os campos são preenchidos? Como o preenchimento incompleto pode influenciar as ações desenvolvidas? Assim, pretendeu-se compreender se o preenchimento incompleto dos campos interfere no planejamento de ações preventivas de saúde. Esta pesquisa se justifica porque tendo como instrumento de trabalho o cuidar e ocupando cargos de chefia, é importante que o enfermeiro e demais profissionais de saúde valorizem a notificação compulsória e sua qualidade, através do preenchimento correto e completo dos campos, pois gera informações que poderão subsidiar a tomada de decisão para ações que contemplem a integralidade dos usuários na prevenção dos agravos de notificação compulsória. Trata-se de um estudo bibliográfico, que evidenciou a importância do levantamento de dados e informações para traçar perfis epidemiológicos coletivos e específicos de cada região, o que contribui para o desenvolvimento desde ações gerais e específicas, de acordo com as necessidades de cada grupo, corroborando para se atingir os princípios do SUS. Mas para que isso se torne realidade faz-se necessário a compreensão, por parte de todos os profissionais de saúde, da importância da notificação, pois é a partir da qualidade dos dados que as informações se apresentarão para direcionar a tomada de decisão assertiva. Mais estudos devem ser realizados, no sentido de levantar e esclarecer possíveis consequencias da notificação incompleta, e conscientizar os enfermeiros de seu papel social na saúde da coletividade.