A prática de atividade física apresenta uma relação inversa com o risco de doenças crônico-degenerativas, dentre elas o diabetes mellitus tipo 2. O presente estudo teve como objetivo avaliar os hábitos cotidianos relacionados à prática de atividade física entre os adolescentes de uma escola pública de Fortaleza - Ceará. Estudo descritivo, transversal e observacional, realizado com 100 alunos de uma escola pública, situados na faixa etária entre 12 e 17 anos, de ambos os sexos, desenvolvido no período de março a abril de 2009. Para a coleta de dados utilizou-se como instrumento um formulário no qual foram registrados o sexo, a idade, os dados antropométricos (peso e altura), a glicemia capilar e os hábitos relacionados à prática de atividade física. Utilizou-se o programa SPSS para análise dos dados. O componente ético esteve presente em todas as etapas do estudo, atingindo as exigências da resolução 196/96 do Ministério da Saúde (BRASIL, 1996). Os resultados mostraram que 54 (54,0%) eram do sexo feminino, 76 (76,0%) estavam na faixa etária entre 12 e 13 anos, 49 (49,0%) cursavam o 6º ano, 71 (59,1%) com IMC acima do normal e 22 (22,0%) eram sedentários. Desses, 14 (30,5%) eram homens, 18 (23,7%) possuíam idades entre 12-13 anos, 8 (36,4%) tinham sobrepeso, 5 (22,7%) obesidade e 1 (4,6%) apresentaram glicemia capilar, verificada ao acaso, acima dos parâmetros considerados normais. O estudo evidenciou que os meninos são mais sedentários do que as meninas e que a atividade física mais praticada entre os adolescentes ativos, foi o volleybol 41 (52,6%). O sedentarismo é, na realidade, um problema de saúde pública e, assim, vê-se na educação em saúde, como papel fundamental da enfermagem, um caminho para incentivar o seu combate, bem como, para prevenir doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo 2. A prática de atividade física é uma solução saudável, acessível e de baixo custo, portanto deve ser incentivada, sobretudo entre os adolescentes.