O câncer do colo de útero apresenta aproximadamente 500 mil novos casos por ano no mundo. É o segundo tipo de câncer mais comum entre mulheres, sendo responsável por cerca de 230 mil óbitos anualmente, tendo como principal forma de prevenção o exame colpocitológico. Este estudo busca identificar o conhecimento e a adesão de acadêmicas de enfermagem ao exame colpocitológico. Foi realizada uma pesquisa com abordagem quantitativa por meio de aplicação de questionário sobre o conhecimento e adesão de acadêmicas ao exame colpocitológico. Fizeram parte do estudo 320 acadêmicas de todos os períodos do curso de graduação em enfermagem durante o mês de fevereiro de 2009, de uma universidade de Uberlândia-MG. Observou-se entre as acadêmicas que a faixa etária predominante foi de 18 a 23 anos de idade (133/41,6%), eram solteiras (209/63%), com renda familiar entre 3 a 4 salários mínimos (135/42,2%). Sobre as causas do câncer uterino a maioria relatou múltiplos parceiros (171/46,2%) e definiram o colpocitológico como exame que detecta câncer uterino, inflamações e infecções (313/97,8%); relataram que o exame deve ser realizado com freqüência anual (204/63,7%); aderem ao exame (277/86,6%); realizaram o exame no último ano (226/81,6%), nos últimos dois anos (34/12,2%), há mais de três anos (17/6,2%). Os motivos da não adesão foram ausência de queixa ginecológica (21/48,9%) e dificuldade no agendamento (5/11,6%). Conclui-se que a maior parte das acadêmicas reconhece a importância do exame e sua periodicidade, e realiza a prevenção corretamente. Ressalta-se que algumas acadêmicas não aderem o exame alegando nunca ter tido queixa ginecológica e dificuldade para o agendamento, e não o fazem rotineiramente como as demais. Espera-se que os resultados deste estudo possam subsidiar outras pesquisas e contribuir para a implantação de ações educativas capaz de produzir mudança no comportamento e maior adesão ao colpocitológico entre estudantes de enfermagem, futuros profissionais de saúde