O estudo de caso foi realizado na clinica pediátrica do Hospital Dom Malan, em Petrolina – PE. A paciente é uma criança, um ano de idade, sexo feminino. Histórico de vômitos em jato e constipação até três meses de idade cessando após esse período e reincidindo após um ano de idade. Internou com febre há quatro dias, abdome globoso, distendido e doloroso a palpação, constipação, perda de peso, anorexia, olhos encovados, lágrimas escassas e anemia acentuada. Após laparotomia exploratória foi diagnosticada atresia duodenal. Trata-se de uma malformação do desenvolvimento deste órgão, decorrente de um crescimento exagerado da camada epitelial causando diferentes graus de obliteração da luz duodenal. O tratamento é cirúrgico e consiste na reconstrução do lúmem intestinal, sendo realizada a duodenotomia na paciente estudada. Os diagnósticos de Enfermagem foram: constipação caracterizada por anorexia secundária a patologia, distúrbio eletrolítico caracterizado por vômitos, déficit de volume hídrico caracterizado por vômitos secundário a obstrução, nutrição alterada: menor que as necessidades corporais e risco para temperatura corporal desequilibrada. Após a cirurgia a criança evoluiu com abdome plano, ausência de vômitos, afebril, aceitando bem a dieta. As prescrições de enfermagem diante deste quadro são: realizar balanço hídrico, avaliar as características das eliminações vesical e intestinal, auscultar o abdome avaliando a presença de ruídos hidroaéreos, realizar atividades lúdicas para melhor aproximação da criança com a equipe e adaptação no ambiente hospitalar, realizar troca de curativo em incisão cirúrgica a cada 24h avaliando possíveis sinais flogísticos, pesar a criança diariamente registrando ganho ponderal. A paciente recebeu alta com prognóstico favorável e suas funções fisiológicas restabelecidas. O cliente não deve ser focado somente na patologia, e sim em todos os aspectos que fazem parte da assistência à saúde, cabe a enfermagem avaliá-lo integralmente.