O exame de Papanicolau que é utilizado como Preventivo de Câncer Cérvico-Úterino (PCCU), é bastante delicado, devido à exposição que a mulher sofre para realização do exame. Existem cerca de 6 milhões de mulheres na faixa etária onde mais ocorrem casos positivos da doença (35 a 49 anos) e que jamais fizeram qualquer tipo de exame preventivo, por medo e até vergonha (Ministério da Saúde, 2006). O primeiro contato destas mulheres no serviço de saúde deve ser esclarecedor, aonde a mesma deverá receber todas as informações sobre o exame, para que assim, sinta-se mais relaxada e calma. É nesse momento que é realizada a educação em saúde individualmente com esta mulher, instigando a mesma para a prevenção do câncer cérvico uterino. O objetivo deste trabalho é mostrar como a consulta Ginecológica realizada pelo Enfermeiro, pode minimizar o constrangimento sofrido por esta mulher que vem realizar o PCCU. Durante as aulas práticas de Enfermagem ginecológica, observou-se na anamnese que a relação Enfermeiro-paciente era bastante eficaz para reduzir o desconforto sofrido pelas clientes, como medo, ansiedade e vergonha. A partir daí, elaborou-se este relato de experiência, com observações realizadas durante o atendimento de Enfermagem. Como resultados tiveram-se reflexões sobre a forma de cuidar com a mulher e maior interação no processo cuidar-educativo. Concluiu-se que a consulta realizada pelo Enfermeiro tem grande importância na manutenção da vinda das clientes para a realização do PCCU, já que tinham dúvidas esclarecidas e mais liberdade para questionamentos.