PERCEPÇÕES DE ENFERMEIROS COORDENADORES DE SEIS GRANDES HOSPITAIS DE PERNAMBUCO SOBRE O ESTÁGIO CURRICULAR Recente trabalho do Ministério da educação analisou o CENSO de escolas de nível médio profissionalizante e informa que no período de 2003 a 2005, houve um progressivo aumento do número de alunos nos cursos da área de saúde. Em 2003, foram registrados nessa área, principalmente devido à quantidade de cursos técnicos em Enfermagem, aproximadamente 174 mil alunos (29,5% do total das matrículas). Em 2005, esse número passou para 236 mil alunos (31,5% do total). (ME, 2006). Este cenário preocupa a maior parte das coordenadoras de enfermagem dos hospitais públicos, que devido aos convênios de seus gestores com as escolas de nível médio, precisam receber estes estagiários em suas rotinas de trabalho. Este trabalho tem o objetivo de apresentar as principais percepções dos enfermeiros coordenadores de 06 hospitais de grande porte do Estado de Pernambuco sobre o estágio curricular. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de natureza quantitativa, com utilização de base de dados secundária, através da análise de relatórios de fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco, no ano de 2008. Como resultados: Apenas 01 serviço (16.5%) acredita que exista a superlotação de alunos no estágio, 33,3% das instituições queixam-se de professores inadequados, 34% acreditam que a presença do aluno motiva os demais profissionais, 50% preocupam-se com infrações éticas cometidas pelos estagiários e 50% informam que os alunos não oferecem nenhuma dificuldade à instituição. Concluímos que os coordenadores de enfermagem, apesar de enfrentar dificuldades, principalmente éticas, diante do quantitativo exacerbado de alunos, os quais precisam conviver em seus serviços, aprenderam a administrar esta situação, extraindo as vantagens da mesma, entre elas destaca-se a motivação que estes alunos causam nos profissionais de ponta mais antigos.