A atenção à saúde da criança representa um campo prioritário dentro dos cuidados à saúde das populações e para que se desenvolva de forma mais efetiva/eficiente, é necessária uma atuação sólida dos serviços e do sistema de saúde. A atenção primária à saúde da criança, desde a década de 80, no Brasil, vem se fundamentando as ações básicas de imunização, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, do estímulo ao aleitamento materno, do controle das diarréias e infecções respiratórias. Estas ações contribuem para a redução da mortalidade infantil. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo analisar a importância da execução de um cuidado integral à saúde da criança. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com coleta de dados realizada a partir de artigos científicos e livros de autores prestigiados. Os resultados demonstraram que a promoção da saúde integral à criança vai além da preocupação com a redução da mortalidade infantil, englobando o compromisso entre instituições governamentais e sociedade pela qualidade de vida da criança, o que contribui para o desenvolvimento da Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI). Essa estratégia propõe uma avaliação sistemática dos principais fatores que afetam a saúde infantil, integrando ações curativas com medidas de promoção e prevenção, buscando a qualidade do atendimento. Nessa perspectiva, a agenda de compromissos para a saúde integral da criança propõe orientação de todas as pessoas que agem e interagem com a criança, seja na unidade de saúde, no domicílio ou espaços coletivos, oferecendo um cuidado integral e multiprofissional. Conclui-se que a enfermagem, nesta perspectiva, deve atuar numa assistência qualificada à criança, pois se sabe que o desenvolvimento da criança é determinado por um equilíbrio entre as necessidades biológicas, ambientais e sociais, de maneira que se possa garantir à criança brasileira uma atenção digna, não excludente e que respeite a sua individualidade.