O interesse pelo estudo partiu da prática assistencial em estágio extracurricular em uma maternidade da rede municipal do Rio de Janeiro. Foi possível observar um número alarmante de mulheres que eram admitidas em trabalho de abortamento, tanto espontâneo quanto provocado. A assistência de enfermagem nestes casos era restrita a aplicação de medicamentos e verificação dos sinais vitais, pois, as atividades de administração em enfermagem acabavam por diminuir o tempo que as enfermeiras podiam dedicar a uma atenção integral frisando o lado emocional das pacientes. Diante do exposto, apresentamos como objetivos para o presente estudo: descrever os tipos de aborto e descrever a importância da integralidade do cuidado de enfermagem. Temos, portanto, como objeto de estudo a assistência de enfermagem prestada a mulheres em trabalho de abortamento. As questões que nortearam o estudo foram: Quais os tipos de aborto citados na literatura? Quais os cuidados de enfermagem adequados devem ser direcionados a estas mulheres? Trata-se de um estudo qualitativo do tipo descritivo, que apresenta como fonte bibliografias da área, ou seja, artigos científicos, livros e Manuais do Ministério da Saúde. A mulher em trabalho de abortamento, seja espontâneo ou provocado, sofre física, espiritual, psíquica e moralmente e a assistência de enfermagem deve ser indiferenciada em ambos os casos. É sabido que uma assistência de enfermagem qualificada, pautada nos princípios éticos e legais da profissão garantem a integralidade do cuidado com conseqüente melhoria do estado de saúde e re-inserção dessa mulher na família e comunidade.