A depressão é um transtorno mental universal, sua principal sintomatologia é a alteração do humor. Ocorre tristeza, pessimismo, baixa auto-estima. Do ponto de vista ético, os portadores de transtorno mental evidenciam-se como um grupo vulnerável a terem seus direitos não respeitados pelas pessoas ao seu redor, necessitando de proteção e acompanhamento dos profissionais de saúde. O objetivo deste estudo é de analisar a assistência de enfermagem a uma portadora de depressão usuária do Centro de Atenção Psicossocial. Trata-se de uma pesquisa documental e descritiva, tendo como fonte, o prontuário. Foi realizado contato prévio ao serviço, sendo dada autorização para a coleta de dados, sendo desenvolvido no mês de maio de 2009 durante a aula prática da disciplina de Enfermagem em Saúde Mental, em um município do interior de Mato Grosso do Sul. Os resultados mostram dentre os problemas levantados: crises depressivas, agressividade, relacionamentos amorosos conturbados, isolamento social, déficit visual, fala lentificada, medo do abandono, dificuldade de concentração e falta de apoio emocional. Os principais diagnósticos de enfermagem foram: risco de baixa auto-estima situacional relacionada aos fracassos e abandonos em sua vida evidenciada pela depressão e comunicação verbal prejudicada relacionada às barreiras psicológicas. Quanto às intervenções de enfermagem são: encorajar a paciente a identificar pontos positivos, transmitir confiança, facilitar o ambiente e momentos recreativos que aumentem a auto-estima e ouvir com atenção, realizar diálogos, estimulando a comunicação verbal, usar linguagem simples. O comportamento ético-profissional no cuidado em saúde mental e psiquiatria não têm recebido a atenção adequada. Assim, observa-se que o cuidado da saúde, da dor e do sofrimento mental, sempre exige um cuidado técnico – científico, mas acima de tudo exige-se uma conduta ético-profissional, considerando todos os seus princípios éticos.