Introdução: A violência sexual, intrafamiliar e o abuso sexual são realidades alarmantes na sociedade, manifestando-se como formas de violência dentro do contexto familiar. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina que é responsabilidade da família, sociedade e Estado assegurar os direitos fundamentais das crianças e adolescentes, protegendo-os contra ameaças à sua integridade. Abordar a violência sexual na infância e adolescência é crucial devido ao impacto duradouro que essas experiências podem ter na saúde mental e física, além de afetar o desenvolvimento social e educacional das vítimas. Objetivos: Relatar a experiência das ações e contribuições do projeto "Abuso e Exploração de Crianças e Adolescentes: Quando a Brincadeira Não é de Criança". Método: O projeto é composto por alunos e profissionais de enfermagem da Escola técnica de saúde da UFPB. Este estudo foi composto por várias etapas, incluindo formulações com a gestão escolar, análise e escuta dos profissionais das instituições, planejamento das ações e um suporte teórico com base em direitos humanos, educação, saúde, psicologia, ética, com encontros quinzenais. Resultados e Discussão: Foi desenvolvido inicialmente na Escola Municipal de Ensino Fundamental Nazinha, em João Pessoa, PB, e posteriormente na E.M.E.F Jaime Lacet, em Santa Rita, PB. As ações do projeto resultaram na criação de materiais pedagógicos como cartilhas e folders, além de cursos e capacitações para professores e colaboradores da educação básica. Os temas abordados incluíram mitos e verdades sobre a sexualidade, desenvolvimento sexual, características do abuso sexual, perfis de vítimas e perpetradores, abuso sexual intrafamiliar, abuso sexual organizado, abuso sexual na internet, impactos do abuso, papel social da escola e redes de apoio a crianças e adolescentes. Estas iniciativas permitiram disseminar informações esclarecedoras a toda comunidade escolar, fortalecendo o vínculo entre escola e sociedade. Considerações Finais: A educação continuada desempenham um papel crucial na escuta qualificada, acolhimento em casos de abuso sexual de crianças e adolescentes. É essencial implementar cursos, projetos de extensão e pesquisas sobre exploração sexual infantil e juvenil com maior efetividade. Além disso, é necessário fortalecer as políticas públicas e a colaboração entre diversos setores da sociedade para garantir a proteção integral dos direitos das crianças e adolescentes.