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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
FUNÇÃO REPRODUTIVA E GESTAÇÃO NO PÓS-TRANSPLANTE HEPÁTICO
Relatoria:
Dayane Laura da Silva Daniel
Autores:
  • Tiago da Silva Leal
  • Clébia Azevedo de Lima
  • Maria Isis Freire de Aguiar
  • Clébia Azevedo de Lima
  • Maria Fernanda Cavalcante de Souza
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
INTRODUÇÃO: O transplante de fígado é um tratamento crucial para pacientes com doenças hepáticas avançadas que não respondem a métodos menos invasivos. Para as mulheres, a saúde pós-transplante apresenta um aspecto importante: o ciclo menstrual geralmente retorna à normalidade dentro de um ano após a cirurgia. É aconselhável que mulheres de idade fértil que queiram engravidar esperem entre um e dois anos após o transplante. Este período é essencial para garantir a estabilidade clínica, com controle de complicações, menor risco de infecções, além de garantir que a terapia imunossupressora esteja em níveis adequados, assim o objetivo do estudo foi avaliar os aspectos da função reprodutiva e da gestação em mulheres após serem submetidas ao transplante de fígado. METODOLOGIA: O estudo foi realizado no ambulatório de transplante de fígado do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), da Universidade Federal do Ceará, na cidade de Fortaleza-CE. O presente estudo consistiu em uma pesquisa descritiva, transversal, de natureza quanti-qualitativa. Foram incluídas na pesquisa mulheres submetidas ao transplante hepático que engravidaram e tiveram filhos após o transplante e são acompanhadas no Hospital Universitário Walter Cantídio/UFC no período de 2002 a 2024, com idade a partir de dezoito anos, procedentes de qualquer estado do país. DISCUSSÃO E RESULTADOS: Os resultados mostraram que 82% das participantes tiveram gestações bem-sucedidas, enquanto 18% apresentaram complicações graves, como pré-eclâmpsia e síndrome de HELLP. Além disso, 16% das gestações resultaram em partos prematuros, com uma média de 28 a 30 semanas de gestação. A taxa de mortalidade neonatal foi de 8%, indicando um desfecho relativamente favorável, considerando a complexidade da condição médica das participantes. CONCLUSÃO: O estudo concluiu que a função reprodutiva foi restabelecida após o transplante hepático, permitindo que a maioria das mulheres engravidassem e tivessem gestações saudáveis. No entanto, o processo é complexo e exige atenção especializada. Uma amostra reduzida e a falta de pacientes em idade fértil foram limitações. Cuidados adequados e abordagem multidisciplinar são essenciais para que essas mulheres possam realizar o sonho da maternidade com segurança, melhorando a qualidade de vida e concedendo subsídios para a prática de enfermagem.