A Política Nacional de Redução de Morbimortalide por Acidentes e Violências, Portaria 737/2001, Ministério da Saúde, a ponta a violência como um problema de saúde pública. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, apontou que 81% dos crimes dos maus-tratos ocorreram nas residências, pequena variação na faixa etária da vítima criança ou adolescente. Contudo, no programa disciplinar de formação do Enfermeiro, em geral, a abordagem dos primeiros socorros, ocorre em disciplinas optativas, ou nos processos de aulas práticas nos cenários reais. Tem-se como objetivo relatar a oferta de Disciplina Optativa de Enfermagem em Primeiros Socorros à Criança e Adolescente no cenário de formação. Como método se aplica o relato de experiência mediante resgate de aspectos como planejamento da disciplina, procura por acadêmicos, desenvolvimento e trabalho avaliativo com produção de tecnologia. A carga horária total foi de 30 horas, encontros semanais, os professores foram Enfermeiras Especialistas em processo de mestrado na instituição, e Professores Doutores em Pediatria e/ou Neonataologia. O Programa perpassou pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Políticas Nacionais de Saúde da Criança, de Urgência e Emergência, Lei Lucas, Perfil Epidemiológico, Vigilância das Violências, Primeiros Socorros e Suporte Básico de Vida. E, como atividade avaliativa a produção de uma tecnologia educacional a ser aplicada aos pais/responsáveis por crianças, aos educadores e para orientação de crianças. Proposta atividade individual de leitura e produção textual, estudo dirigido, do perfil epidemiológico dos acidentes na infância e o papel da enfermagem. Neste trabalho, 26 acadêmicos, ressaltaram a relevância pra a Enfermagem, dos aspectos: conhecimento das bases de dados de acidentes e violências e das notificações obrigatórias; a necessidade de capacitação continuada para o atendimento; exercício da educação em saúde; redução do acesso a drogas, álcool e armas à crianças e adolescentes; advocay em enfermagem; o empoderamento das famílias e comunidades para ações de prevenção; integração desde a atenção primária até terciária, das ações da esfera pública da saúde - segurança - educação; integração intersetorial. A prevenção exige sensibilidade e compromentimento profissional, atuação proativa da enfermagem, aliada a parcerias comunitárias para as iniciativas de conscientização pública.