Introdução: A enfermagem tem importante valor social por lidar com a manutenção da saúde populacional, mas há uma discrepância em sua valorização enfrentando causas como, alta jornada de trabalho, ausência de legislação suficiente que assegure um piso salarial e a falta de uma política de gestão do trabalho. Historicamente as funções atribuídas à enfermagem são atreladas ao cuidado de modo ‘’feminino’’ e amistoso, socialmente invisibilizado, visto que antes de atender no contexto hospitalar eram prestados serviços a domicílio. Com isso, há uma dificuldade social em compreender o trabalho da enfermagem e a divisão do processo de trabalho entre auxiliares, técnicos e enfermeiros. Isso porque simplificam em ações técnicas vinculadas ao ato médico, corroborando com a invisibilização do real valor das ações prestadas pela categoria apesar de terem formação específica definida por legislação. Objetivo: Desvelar através da literatura científica a interface entre a invisibilidade do cuidado e busca por valorização por parte do profissional de enfermagem. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura, a coleta de dados se deu através das bases de dados LILACS e MEDLINE, vinculadas a Biblioteca Virtual em Saúde. A coleta de dados se deu entre o mês de Julho. Utilizou-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS)’: História da Enfermagem; Assistência de enfermagem; Educação em Enfermagem. Foram selecionados estudos com texto completo disponível, nos idiomas português e inglês, que compreendem a temática proposta, publicados entre 2019 à 2024. Excluindo-se teses, dissertações, editoriais e estudos repetidos em uma mesma base de dados. Foram selecionados 4 para compor a amostra final do estudo. Resultados: Os profissionais da enfermagem tendo uma formação específico-científica o que lhe garante autonomia e empoderamento no exercício da profissão, precisam de um maior apoio legislativo e valorização dentro do seu contexto de trabalho, como resultado seria uma maior qualidade da assistência prestada. Considerações finais: O estudo identificou que o enfermeiro desempenha papel fundamental como assistência-gerencial promovendo a manutenção dessas cadeias de cuidados no ambiente hospitalar, sendo assim, os conselhos de enfermagem e entidades representativas direcionando políticas em prol do fortalecimento e valorização do trabalho da enfermagem viabilizaria a minimização dos fatores que interferem na desvalorização e insatisfação, garantindo autonomia da classe.