Introdução: As infecções pós-parto, apesar de serem evitáveis, acontecem e colocam em risco a saúde e a qualidade de vida das mulheres, elevando, de maneira significativa, a mortalidade materna no Brasil. Objetivo: Analisar o perfil sociodemográfico e obstétrico das mortes maternas por infecção puerperal no Brasil. Método: Estudo transversal, descritivo, quantitativo e exploratório. Realizado com dados secundários de domínio público, obtidos por meio do acesso ao Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), inseridos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no recorte temporal de 2012 a 2021.. As tabulações foram feitas pelo aplicativo TabNet Win32 3.0 e o software Microsoft Excel® 2019 foi usado para organização, agrupamento e análise dos dados por meio de estatística descritiva (frequência absoluta e relativa). Resultados: As variáveis sociodemográficas e obstétricas demonstraram determinada influência na compreensão das causas de mortes maternas por infecção puerperal. A maior prevalência foi em mulheres de 20 a 29 anos, pardas, solteiras e com nível mediano de escolaridade. As regiões Nordeste e Sudeste foram predominantes, sendo a maioria dos óbitos investigados, resultantes de mortes maternas diretas, ocorridas em hospitais. Considerações finais: O estudo foi contributivo, pois realizou uma análise do perfil da mortalidade materna brasileira, além de ter evidenciado a importância da manutenção de uma assistência de enfermagem qualificada e integral para prevenção da infecção puerperal e demais complicações obstétricas.