Introdução: O abuso infantil é uma grave violação dos direitos humanos e um problema de saúde pública que exige intervenções efetivas e bem-estruturadas. A gestão do cuidado de enfermagem desempenha um papel central na identificação, tratamento e acompanhamento das vítimas de abuso infantil. A implementação de práticas adequadas, protocolos claros e políticas de saúde eficazes são essenciais para garantir a proteção e o bem-estar das crianças. Objetivo: Analisar como a gestão do cuidado de enfermagem é conduzida em casos de abuso infantil, com foco nas práticas adotadas, nos protocolos seguidos e nas políticas de saúde que orientam essas intervenções. Método: Foi conduzida uma pesquisa qualitativa descritiva com base em revisão de literatura e análise de documentos normativos. A revisão de literatura foi realizada em bases de dados como PubMed, Scopus e LILACS, abrangendo artigos publicados nos últimos 15 anos que discutem a gestão do cuidado de enfermagem em casos de abuso infantil. Descritores utilizados incluíram: gestão do cuidado, abuso infantil, enfermagem e políticas de saúde. Além disso, foram analisados protocolos de cuidado e políticas de saúde de diferentes países, com destaque para aquelas que demonstram eficácia comprovada na proteção infantil. Resultados/Discussão: A revisão indicou que a gestão eficaz do cuidado de enfermagem em casos de abuso infantil depende de uma combinação de boas práticas, como a formação contínua dos profissionais, o uso de protocolos padronizados e a articulação intersetorial com outros serviços de proteção. Protocolos que incluem a identificação precoce, o acolhimento adequado e o encaminhamento para suporte psicológico e social mostraram-se fundamentais. A análise das políticas de saúde revelou que países com diretrizes nacionais claras e apoio governamental contínuo apresentam melhores resultados na proteção das crianças. Considerações Finais: A gestão do cuidado de enfermagem em casos de abuso infantil é um processo complexo que requer uma abordagem integrada e sustentada por políticas de saúde eficazes. A adoção de práticas e protocolos claros, aliados ao suporte institucional e à capacitação dos profissionais, é essencial para a proteção e o bem-estar das crianças.