Introdução: A Terapia por Pressão Negativa (TPN) é um método amplamente utilizado no tratamento de feridas complexas, promovendo a cicatrização através da aplicação de pressão negativa. Este estudo comparou a eficácia de métodos de baixo custo (GSUC, Método USP e NPWT nativa) com o sistema VAC tradicional em feridas. Metodologia: Foi realizada uma Revisão Sistemática Comparativa. Para trazer à luz os estudos realizou-se buscas na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram: Ensaios Clínicos Randomizados (ECR) que retratassem a temática referente a comparação entre TPN convencional e TPN de baixo custo; foi considerado os títulos, resumos e assuntos dos artigos publicados e indexados nas bases de dados referidas dos últimos 12 anos (2012-2024), no idioma português, inglês e espanhol; Foram excluídos do estudo: artigos que se afastaram da temática proposta, editoriais e textos que apresentavam duplicação ou estavam incompletos, bem como ensaios clínicos in-vivo (em animais) e in-vitro. Resultados: A busca revelou um total de 190 artigos publicados. Dentre esses, 128 estudos foram pré-selecionados. Desse montante, 47 duplicatas foram identificadas, 76 estudos foram descartados, resultando na inclusão de 5 artigos. A partir dos dados extraídos, foi observado que não houve diferenças significativas entre os métodos de baixo custo e o sistema VAC em termos de formação de tecido de granulação e redução da área e profundidade da ferida, evidenciando que a TPN de baixo custo demonstrou ser comparável a VAC, mas com menores custos e poucas complicações. Os métodos de baixo custo mostraram-se eficazes e seguros nos pacientes incluídos, oferecendo uma alternativa viável ao sistema VAC, especialmente em regiões com recursos limitados. Complicações como maceração da pele, hipersensibilidade aos materiais e perda do vácuo do curativo foram documentadas, mas foram rapidamente resolvidas. Conclusão: A TPN, mesmo com materiais de baixo custo, demonstrou eficácia comparável ao sistema VAC tradicional, sendo uma estratégia de tratamento eficiente e econômica considerada para o futuro. A adoção desses métodos pode melhorar a qualidade do tratamento e reduzir o tempo de hospitalização, adaptando-se melhor às condições socioeconômicas de países com recursos limitados, a exemplo do Brasil. Entretanto, mais ensaios clínicos randomizados em multicentros, abrangendo mais participantes são necessários.