Esclerose Múltipla (EM) é uma doença rara, crônica, e autoimune, que afeta o Sistema Nervoso Central, caracterizando como desmielinizante e neurodegenerativa. Cerca de 2,8 milhões de pessoas no mundo convivem com a EM, 69% são mulheres em idade reprodutiva, o que exige mecanismos de apoio para gerir esse período. Assim, objetivou-se identificar na literatura a importância do planejamento familiar na Esclerose Múltipla. Realizou-se uma revisão bibliográfica. Incialmente, utilizou-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) em português com 2expressões de buscas no portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): (“Esclerose Múltipla” AND “Planejamento familiar”) e (“Esclerose Múltipla” AND “Cuidado Pré-Natal”), outras 2 expressões foram com os descritores em inglês, no portal do Periódicos Capes e Pubmed: (“Sclerosis Multiple” AND “Family Development Planning”), e (“Sclerosis Multiple” AND “Prenatal Care”). Os critérios de inclusão foram publicações dos últimos 5 anos, textos disponíveis integralmente, e que atendiam o objetivo, e os de exclusão, artigos duplicados, de revisão e de abordagem quantitativa. O cruzamento das buscas resultou em 122 estudos, selecionaram-se 30, e pelos critérios estabelecidos e por atender ao objetivo, incluíram-se 8 na amostra final. Considerando que há diferentes terapias modificadoras da doença, e elas podem oferecer riscos para situações reprodutivas, como a gravidez, é necessário realizar uma escolha alinhada com a atividade da doença e os desejos pessoais, e para a tomada de decisão adequada, o planejamento familiar tem papel fundamental. Através de profissionais capacitados, ele é usado para garantir compreensão dos aspectos acerca da reprodução e do medicamento, desde interações, contracepção, gravidez (intervalos, recidivas, agravamentos, segurança, riscos), amamentação, e, de maneira interprofissional, definir métodos, intervenções e tratamentos de acordo com as necessidades e desejos individuais. Os estudos destacaram o Enfermeiro como um dos profissionais mais buscados pelos pacientes, evidenciando a relevância da atuação para consistência e continuidade da assistência. Diante disso, a importância do planejamento familiar é revelada pelo seu papel exercido na gestão da doença. Logo, o objetivo do estudo foi alcançado e reforça a necessidade da prática para assistência integral e garantir qualidade de vida das pessoas com Esclerose Múltipla. Ainda, a carência de estudos nacionais aponta a necessidade de novas pesquisas.