Introdução: No Brasil, as complicações hipertensivas da gestação são responsáveis por 20% das mortes maternas. A eclampsia pós-parto (EPP) é uma complicação obstétrica rara mas potencialmente fatal que ocorre geralmente nas primeiras quatro semanas após o parto e é frequentemente confundida com sintomas comuns do puerpério como fadiga e ansiedade. Embora existam fatores de risco conhecidos, pode se manifestar de forma atípica, representando um desafio significativo para a saúde materna. Objetivo: Otimizar a assistência de enfermagem na identificação precoce da EPP em emergências obstétricas. Método: O estudo bibliográfico revisou artigos publicados de 2014 a 2024 na bases de dados: Literatura Latino-americana em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os dados foram analisados e sintetizados para atender aos objetivos da pesquisa. Discussão: A complexidade da EPP torna sua detecção e tratamento desafiadores para os profissionais de saúde, podendo levar a complicações graves como edema pulmonar, insuficiência hepática e renal, síndrome HELLP e coagulação intravascular disseminada. Portanto, a gestão da EPP exige uma abordagem multidisciplinar ágil e humanizada, com tratamentos imediatos e intervenções de enfermagem para monitorar os sinais vitais. Para enfrentar esses desafios, é essencial desenvolver programas de treinamento abrangentes que preparem os profissionais para lidar com essa condição complexa. A compreensão insuficiente da evolução da EPP representa um obstáculo, tornando necessária a formação continuada e a implementação de protocolos baseados em evidências. Além disso, o suporte emocional e o uso de tecnologias avançadas são fundamentais para garantir um cuidado integral e eficaz. Considerações Finais: A revisão mostrou que, apesar de sua gravidade, a EPP é frequentemente mal compreendida e mal gerenciada. Isso se deve, em parte, à sua raridade, que pode levar a diagnósticos tardios ou equivocados, e à falta de treinamento e educação adequados para os profissionais de saúde. Portanto, é imprescindível o treinamento contínuo dos enfermeiros e o apoio emocional para mitigar o estresse e o medo associados à eclampsia tardia. As conclusões visam fundamentar diretrizes mais eficazes e programas de treinamento, com o objetivo de melhorar os cuidados e reduzir complicações e a mortalidade materna.