INTRODUÇÃO: A evolução tecnológica na enfermagem evidencia o uso crescente da nanotecnologia na entrega de fármacos. Sendo papel do enfermeiro administrar e monitorar métodos de tratamento, é crucial que esse profissional mantenha-se atualizado sobre as tecnologias emergentes, a fim de garantir segurança e eficácia na administração dos cuidados de saúde. OBJETIVO: Identificar evidências científicas acerca da nanotecnologia no tratamento e no uso da entrega de fármacos e seu manuseio pelo enfermeiro. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada em junho de 2024, pautada na questão norteadora “Quais os impactos do uso de nanotecnologia na entrega de fármacos na enfermagem?”. Os dados foram coletados do banco de dados Scielo, International Journal of Medical Sciences, Revista Brasileira de Cancerologia e websites oficiais do Ministério da Saúde do Brasil. Foram incluídos na pesquisa artigos científicos disponíveis na íntegra, de modo online e gratuito, nos idiomas português e/ou inglês, publicados entre 2017 e 2023. Revisores independentes fizeram a busca e seleção dos trabalhos. Destes, 10 respondiam à questão de pesquisa e compuseram a amostra. RESULTADOS: As evidências corroboram para a necessidade do enfermeiro adaptar-se à nanotecnologia, pois sua eficácia aprimora os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes. Ademais, o progresso nessa área é crucial para o desenvolvimento de terapias mais eficazes e personalizadas contra neoplasias, doenças crônicas (como diabetes e hipertensão), doenças infecciosas, doenças neurológicas (Alzheimer e Parkinson), e tem se demonstrado muito eficiente, também, na regeneração de tecidos. O uso concomitante de nanopartículas (lipídicas, poliméricas, biodegradáveis e nanogéis) e medicamentos já conhecidos como a doxorrubicina, paclitaxel, lisinopril, Insulina glargina (Lantus), ceftriaxona, tenofovir, donepezila, levodopa e Fator de Crescimento Epidérmico (EGF) têm a capacidade de serem altamente eficientes no tratamentos destas doenças. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pode-se, portanto, concluir que o uso da nanotecnologia é promissor na busca de terapias eficazes e menos agressivas, pois o uso desta prática minimiza danos às células saudáveis e reduz consideravelmente efeitos colaterais associados aos tratamentos convencionais. Nesse contexto, cabe à enfermagem a administração de nanomedicamentos aos pacientes por diferentes vias, sendo essencial o acompanhamento do enfermeiro ao paciente.