Introdução: O Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT), estabelece diretrizes voltadas para mudanças nos determinantes sociais da saúde, e estabelece objetivos que busquem reduzir as desigualdades relacionadas ao acesso à saúde destes grupos sociais, que são considerados minorias. Ainda assim, muitos profissionais de saúde desconhecem a política e sentem dificuldade de realizar cuidados direcionados a esta população. Objetivo: Identificar o perfil do cuidado de enfermagem na assistência a pessoas LGBTQIA+, descrito na literatura nacional. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando as bases de dados LILACS e BDENF, via Biblioteca Virtual em Saúde. A busca foi realizada através dos descritores “Enfermagem”, “Cuidado” e “Minorias sexuais e de gênero”, conectados pelo operador booleano AND. Foram incluídos artigos disponíveis na íntegra, gratuitos, publicados em português, no período de janeiro de 2019 a julho de 2024, que apresentassem relação com o objetivo deste estudo. Estes, por sua vez, foram analisados e sintetizados de forma descritiva. Resultados e Discussão: Foram encontrados 15 artigos e após análise do conteúdo e aplicação dos critérios de elegibilidade, foram selecionados três artigos, os quais revelaram que: Os profissionais reconhecem a importância de promover a inclusão para uma assistência acolhedora, acessível e qualificada; Existem representações sociais entre os enfermeiros sobre o público em estudo preconceituosamente relacionadas à infecções sexualmente transmissíveis, promiscuidade e uma visão errônea sobre identidade de gênero e sexualidade; A falta de preparo teórico dificulta a atuação da enfermagem frente à diversidade sexual e de gênero; Os enfermeiros da atenção primária focam em ações pontuais e biologicistas quando não levam em conta as subjetividades do usuário. Considerações Finais: O conhecimento das políticas de saúde é de grande importância para a assistência em saúde e para o cumprimento das diretrizes do SUS e da PNSILGBT. Entretanto, não é possível generalizar os dados deste estudo, partindo da análise de artigos que incluem dados locais e regionais. Assim, é necessário a continuidade das pesquisas no âmbito da assistência às populações minoritárias.