Introdução: O câncer se tornou um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Entre 2023 e 2025 deve haver um aumento estimado de 704 mil novos casos de neoplasias (Santos, 2023). Em vista disto, os Cuidados Paliativos (CP) tornaram-se a abordagem mais recomendada a esse grupo populacional. Apesar do caráter multidisciplinar, a enfermagem é a equipe mais próxima do paciente em todas as fases da vida. Portanto, é crucial que esses profissionais possuam conhecimento teórico fundamentado e práticas bem desenvolvidas para fornecer o suporte adequado ao paciente (Santos, 2019). Objetivo: Compreender as experiências de alunos do curso de enfermagem de uma Universidade Pública do Noroeste do Paraná ao assistirem pacientes em Cuidados Paliativos. Métodos: Estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa, realizado com graduandos de enfermagem de uma Universidade Pública. Os dados foram coletados entre setembro de 2023 e janeiro de 2024, mediante de entrevistas audiogravadas, as quais fora transcrita integral e submetidas à Análise de Conteúdo, modalidade temática (Bardin, 2020). Resultados: As quinze participantes, eram do sexo feminino e coparticipação de alunos matriculados nos quatro anos do curso. Alguns estudantes entendiam os CP como cuidados de fim de vida destinados apenas a pacientes em estágio terminal, e manifestaram que se sentiam impotentes diante dessa situação. Entretanto, aquelas que haviam aqueles que a partir de um contato prático com os Cuidados Paliativos mediante a participação em projeto de extensão reconheciam a importância e o valor desse cuidado tanto para os pacientes quanto para suas famílias. Conclusão: Os resultados mostram a necessidade de intensificar a abordagem dos CP durante a graduação, com o intuito de desestigmatizar a temática, possibilitando que os estudantes tenha uma visão mais humana e holística do paciente, envolver além do auxílio e assistência ao paciente, mas também o apoio aos familiares ao longo de todo o processo de doença e luto.