INTRODUÇÃO: A Prática Avançada de Enfermagem (PAE) constitui-se como um conjunto de práticas assistenciais complexas que, por exigirem maiores habilidades, devem ser exercidas pelo enfermeiro especialista na área. Alguns exemplos de cuidados realizados pelo Enfermeiro de Prática Avançada são a prescrição de medicamentos, assistência no parto, solicitação de exames e exercer raciocínio diagnóstico. A PAE contribui para prestação de cuidados qualificados, além de contribuir para a promoção da saúde nos diversos níveis de atenção. OBJETIVO: Analisar a implementação das práticas avançadas de enfermagem no Brasil e os desafios para sua efetivação. MÉTODOS: trata-se de uma revisão da literatura, efetuada no mês de julho de 2024. As bases de dados utilizadas na busca foram Biblioteca Virtual em Saúde e LILACS. Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis gratuitamente, que respondessem ao objetivo da pesquisa e com período de publicação de cinco anos. Ao final, constituiu-se uma amostra com quatro artigos. DISCUSSÃO: A implementação das Práticas Avançadas no Brasil tem ganhado cada vez mais espaço no meio acadêmico e assistencial, uma vez que o cenário de saúde nacional tem se transformado epidemiologicamente e demograficamente. A principal vantagem da PAE é a ampliação do acesso aos serviços pelos usuários, visto que o enfermeiro detém maior autonomia e possui a capacidade de julgar clinicamente os casos, permitindo o desenvolvimento de uma rede de cuidado contínua e de qualidade. Apesar da PAE ser um modelo aceito em vários países, sua realização no Brasil enfrenta obstáculos como a necessidade de normas regulamentadoras resolutas, o déficit de conhecimento da própria classe acerca da temática e a baixa quantidade de programas de especialização voltados para a PAE. Tais desafios são barreiras para estabelecer uma saúde universal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A Prática Avançada de Enfermagem tem se tornado uma abordagem inovadora, oferecendo aos enfermeiros a autonomia necessária para realizar práticas complexas. Mesmo favorecendo a ampliação do acesso e a melhoria contínua do cuidado, a implementação da PAE no Brasil enfrenta problemas significativos como a falta de regulamentação específica e a necessidade de capacitação dos profissionais. Esses desafios afetam negativamente a prestação de uma assistência de qualidade, provando a demanda pelo investimento na área e em educação permanente para os enfermeiros.