As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são um conjunto de modalidades terapêuticas, que utilizam de elementos naturais, que visam melhorar a qualidade de vida, prevenir doenças e promover a reabilitação. No Brasil, após a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) houve a institucionalização e legitimação das práticas integrativas, no ano de 1986 a 8ª Conferência de Saúde aprovou a utilização das PICS, em 2006 foi criada e aprovada no SUS a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Contudo, a implementação enfrenta desafios significativos. A enfermagem tem papel crucial na aplicação das PICS, contribuindo significativamente para a melhoria do cuidado à saúde da população. Mostrar os desafios e benefícios da implementação das PICS na APS. Realizada uma revisão de literatura abrangente, focando em estudos e artigos científicos sobre a aplicação de PICS na APS. Foram selecionados 10 artigos das bases de dados: Scielo, Google Acadêmico e BVS para compor o arcabouço referencial deste resumo. Os estudos demonstraram que as PICS trazem benefícios para os pacientes, aliviando dores crônicas, ansiedade e náuseas, melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes. Contudo, a implementação das PICS na APS enfrenta desafios significativos, como a falta de capacitação dos profissionais de saúde. Muitos funcionários da APS não têm formação específica em práticas integrativas e complementares, resultando em uma aplicação inadequada. Além disso, a eficácia das PICS exige investimentos adicionais em recursos e infraestrutura, revelando um desafio devido às limitações orçamentárias na APS. A enfermagem é essencial na aplicação das PICS, oferecendo um cuidado personalizado e centrado nas necessidades dos usuários, sendo necessário que os profissionais de enfermagem estejam constantemente atualizados sobre as técnicas e benefícios dessas práticas. Conclui-se que as PICS evidenciam uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes e promovem um sistema de saúde mais abrangente e personalizado, capaz de reduzir sintomas e fomentar práticas de autocuidado. Para maximizar esses benefícios, é essencial desenvolver protocolos claros e expandir a formação dos profissionais. Com uma abordagem bem planejada e colaborativa, as PICS têm o potencial de enriquecer significativamente a prática da APS, oferecendo um cuidado mais completo e centrado no paciente.