LogoCofen
Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
DIAGNÓSTICO TARDIO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NO SEXO FEMININO
Relatoria:
Ingrid Macena Chagas
Autores:
  • Luana Karla Barbosa Liberal
  • Sofia Aparecida de Amorim Ramos
  • Emmanuelle Marie Albuquerque Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por afetar a comunicação, a interação social e a área comportamental do indivíduo. Manifesta-se a depender do nível de desenvolvimento e idade cronológica, apresentando desde sintomas mais sutis aos mais persistentes. No sexo feminino a sintomatologia se apresenta mais camuflada, dificultando o diagnóstico precoce, um dos fatores que explica a prevalência de indivíduos do sexo masculino autistas. OBJETIVO: identificar as causas e os impactos do diagnóstico tardio do TEA no sexo feminino. MÉTODO: foi realizada uma revisão bibliográfica por meio das bases de dados Scielo e PubMed, além de leitura complementar através do Google Acadêmico, selecionando estudos nacionais e internacionais publicados nos últimos dez anos, utilizando os seguintes descritores: diagnóstico tardio, autismo e meninas. As buscas foram feitas em português e em inglês. A amostra final foi constituída por cinco artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: os estudos que compuseram a amostra demonstram que a manifestação do TEA nos meninos é caracterizada por comportamentos repetitivos e estereotipados, enquanto que nas meninas é evidenciado por dificuldades sociocomunicativas, características consideradas sutis, uma vez que existem variáveis culturais e sociais que favorecem a aceitação desses traços nas mulheres pela sociedade. Destacam-se como fatores que dificultam o diagnóstico precoce do autismo no sexo feminino: a apresentação diferente dos sintomas, a falta de instrumentos mais sensíveis a observação clínica, a falta de profissionais qualificados que reconheçam a sutileza dos traços nas meninas e mais pesquisas sobre o tema com amostragem maior de mulheres. Isso favorece a falha na interpretação dos sinais, causando erros no diagnóstico e, consequentemente, o diagnóstico tardio. Por ser uma patologia que afeta diretamente o neurodesenvolvimento, diagnosticar precocemente é importante para evitar prejudicar o desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas, bem como, para realizar intervenções necessárias a fim de melhorar a qualidade de vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: evidencia-se, que o diagnóstico por autismo no sexo feminino é disfarçado pelos traços que divergem do padrão clinico utilizado, provocando uma interpretação equivocada. Assim, mudar as estratégias de observação do comportamento do TEA nas meninas permite o reconhecimento da patologia e uma abordagem de intervenções com maior perspectiva de desenvolvimento.