Introdução: A adolescente-gestante vivencia inúmeros tipos de inseguranças relativas ao processo gestacional, a responsabilidade de cuidar do recém-nascido e aos seus relacionamentos, que refletem significativamente em sua vida e são oriundas de suas vivências afetivas íntimas. A partir destas afirmações, surgiu como questão norteadora: “Como foi o vivido de ser adolescente gestante a partir de suas relações afetivas íntimas?” Objetivo do estudo: compreender o vivido de adolescentes gestantes em suas relações afetivas íntimas. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, com abordagem fenomenológica heideggeriana. Resultados: emergiram duas unidades de significação: 1. As relações afetivas íntimas evidenciam o ficar e namorar 2. As violências que envolvem as relações afeivas íntimas. Discussão: A cotidianidade do ser-adolescente consiste na vivência das características próprias de sua fase de vida, sendo uma delas o pensamento mágico, ou seja, a ideia de que nada de prejudicial poderá ocorrer em sua vida. A invulnerabilidade do ser-adolescente está associada a curiosidade de experimentar as relações afetivas íntimas precoces do “ficar” e namorar, que podem originar a gravidez na adolescência, descortinando a inautenticidade, através das reponsabilidades inerentes à maternidade. Nessa investigação científica foi evidenciada também a facticidade representada pelas violências. A facticidade é o modo de ser que se expressa sempre e a cada vez “aí”, na cotidianidade. O filósofo Martin Heidegger clarifica que é aquele aspecto da existência humana definido pelas situações que independem das escolhas do ser. Considerações Finais: Este estudo possibilitou compreender o vivido do ser-adolescente-gestante, em que e a inautenticidade e a facticidade permeiam a gestação na adolescência.