Introdução: O preceptor tem o conceito equivalente ao do educador, com domínio das atividades práticas e que propicia experiências que estruturam o saber, guiando e conduzindo a jornada de formação profissional e de caráter deontológico do aluno. A bioética profissional visa o resultado de valor ético, frente ao estímulo vivenciado e a discussão através dessa percepção criteriosa de aceitação dos valores, crenças e condições biopsicossociais reais do meio em que está inserido. Objetivo: Relatar sobre a relevância da moral e ética profissional na educação em saúde, como recurso prático do exercício da preceptoria. Método: Trata-se de relato de experiência, com reflexões experienciadas entre os desafios éticos no exercício da preceptoria do curso de formação profissional técnica, intitulado Saúde com Agente, vinculado a prática de Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias, entre os meses de dezembro de 2022 e junho de 2023. Resultado e discussão: A educação em saúde das equipes em saúde, assim como, dos Agentes de Comunitários, focam nas atribuições profissionais e deveres técnicos-práticos, e pouco visibilizam a ordenação moral e ética entre as relações profissionais multi e interdisciplinares, e entre as interações com a comunidade e entre os pacientes, visto que, o trabalho é in situ, nos lares, domicílios e território das pessoas que vivem nessa área. O desafio do preceptor na formação ética profissional, está na condução das mudanças no modelo de visão e de comportamento, com caráter ético e moral das atitudes no exercício da profissão, para fortalecer o acolhimento humanizado e o apoio em meio as pluralidades no contexto social e cultural dos seres, nas linhas do cuidado dos profissionais, quando inseridos nos âmbitos coletivos, familiares e individuais, evitando repercussões negativas e proporcionando efetividade no caminhar integral entre equipe e paciente, consolidando assim o conjunto articulado de ações e o vínculo entre a comunidade, os agentes comunitários e a atenção básica de saúde na promoção a saúde. Considerações finais: Faz-se necessário que os preceptores sejam éticos no convívio diário em seus ambientes de trabalho, e que promovam a capacidade de aperfeiçoar o interceder sobre a lógica moral e de valores, na realidade prática, em meio as demandas éticas, elevando o senso de compromisso e de cooperação entre as pessoas de sua área de abrangência para consolidar um pertencimento coletivo mais justo, no âmbito social e profissional.