Introdução: A simulação clínica é utilizada na preparação de profissionais de Enfermagem para emergências de saúde pública e desastres, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, técnicas e comportamentais necessárias para responder efetivamente a essas situações. Essa ferramenta visa mitigar efeitos adversos, melhorar a resposta e promover uma recuperação eficaz pós-desastres. Assim, foram mapeadas estratégias de simulação clínica comumente aplicadas, avaliando suas potencialidades e fragilidades, para orientar ações de preparação desses profissionais. Objetivo: mapear as estratégias de simulação clínica desenvolvidas para a preparação de profissionais de Enfermagem para resposta a emergências e desastres. Método: revisão de escopo estruturada pelo modelo JBI e guiada pelo checklist Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews. As buscas ocorreram de forma cegada por três revisores, por meio de bases de dados indexadas. Os critérios de inclusão foram fontes sobre o tema, sem restrições temporárias ou linguísticas. Já os critérios de exclusão foram fontes sem texto completo, ou que não contemplassem o mnemônico “P” (profissionais de Enfermagem), “C” (estratégias de simulação clínica) e “C” (emergências e desastres), além de artigos de opinião, editoriais, cartas e legislações. Resultados: as táticas mais utilizadas incluem simulações in situ, alta fidelidade, virtual, imersiva e híbrida. Essas abordagens demonstraram seu potencial para reduzir possíveis desvios no atendimento aos pacientes e promover uma comunicação mais eficaz entre equipes multidisciplinares em emergências e desastres. Implicações para a Enfermagem: os profissionais de Enfermagem desempenham um papel fundamental em emergências e desastres, tendo em vista que estão na linha de frente atendendo pacientes/vítimas e coordenando equipes de resposta emergencial, sendo essencial o desenvolvimento do conhecimento prático e técnico-científico, o que pode ser aprimorado por meio de simulações clínicas. Conclusão: as estratégias de simulação mapeadas mostram-se essenciais para serem incluídas em planos de contingência, protocolos, programas de preparação, formação e capacitação de profissionais de Enfermagem para atuação em emergências e desastres, sejam de origem natural, tecnológica e social, uma vez que aumentam as habilidades técnicas e cognitivas, além da segurança e confiança ao lidarem com eventos disruptivos.