
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
TERRITORIALIZAÇÃO COMO FERRAMENTA DE GESTÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Lorrana Alexia Tavares Carvalho
Autores:
- Aline Botelho Furtado
- Débora Maria dos Santos Brabo
- Ana Maria Cavalcante Queiroz
- João Victor Moura Rosa
- Átila Augusto Cordeiro Pereira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A territorialização em saúde é um conceito central na organização e gestão dos serviços de saúde, especialmente no contexto das políticas públicas no Brasil. Esse processo envolve a identificação, análise e compreensão das características de um território específico, com o objetivo de planejar e implementar ações de saúde que sejam mais eficazes e adequadas às necessidades da população local. OBJETIVO: Relatar a experiência do processo de territorialização vivenciado por estudantes de enfermagem em uma Estratégia Saúde da Família (ESF). MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado por graduandos de enfermagem, ao longo da disciplina de Saúde Coletiva, no território de uma ESF, no período de fevereiro a junho de 2024. O processo iniciou com a expansão da cobertura de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) no território. Seguida por uma reunião de equipe para apresentar a área de delimitação do bairro e dar início a etapa seguinte de levantamento populacional, definição de áreas e divisão das microáreas. Esta etapa contou com apoio de lideranças comunitárias e por fim, realizou-se um diagnóstico local culminando com a confecção de um mapa do território adscrito. RESULTADOS: A partir do processo de territorialização e a definição de novas áreas antes sem ACS, observou-se o caráter dinâmico e heterogêneo do território. Uma parcela de moradores era composta por estudantes universitários que alugavam imóveis por temporada e outra por moradores permanentes, a área contava com elevados graus de vulnerabilidades e áreas de classe média e uma população idosa significativa. A atuação em novas áreas por um lado democratizou o acesso a saúde da população, identificou atores estratégicos para o estabelecimento de vínculo entre comunidade e serviço, identificação de áreas de risco e integração com a vigilância em saúde. Por outro lado, enfrentou desafios como o a ausência de moradores na residência no horário de funcionamento da ESF, pressão sobre o serviço de apoio diagnóstico, como laboratório e o sistema de regulação com altas demandas por exames. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O mapa do território apoiou a gestão para atuar de forma assertiva identificando ações prioritárias. Dessa forma, a territorialização contribui para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde, favorecendo a promoção da saúde e a prevenção de doenças, além de fortalecer o vínculo entre os profissionais de saúde e a comunidade atendida.