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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS EM GESTANTES NO ESTADO DO CEARÁ ENTRE 2018 E 2022
Relatoria:
José Italo Uchoa Gomes
Autores:
  • Alexsia Gabriella Gomes de Araújo
  • Luizianne Cardoso de Oliveira
  • Priscila França de Araújo
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) de notificação obrigatória causada pela bactéria Treponema pallidum, de aspecto sistêmico e progressão crônica, curável, que apresenta variados estágios (primário, secundário, latente e terciário), podendo ocorrer a transmissão vertical da mãe para o feto caso não identificada e tratada precocemente, repercutindo na sífilis congênita. No Brasil, apenas em 2022, foram registrados cerca de 83 mil casos de sífilis em gestantes, segundo dados do Ministério da Saúde. Tal cenário reflete problemas nas estratégias de prevenção e educação da população, além de barreiras no acesso aos serviços de saúde, implicando na necessidade de estudos mais aprofundados sobre essa temática. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico da sífilis em gestantes no estado do Ceará entre 2018 e 2022. MÉTODOS: Estudo ecológico, de caráter espaço-temporal, com abordagem quantitativa, realizado em março de 2024, a partir de dados disponíveis na plataforma TABNET referentes aos casos notificados de sífilis em gestantes no estado do Ceará entre 2018 e 2022 registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A análise dos dados foi feita conforme as variáveis de faixa etária, raça, escolaridade, realização de teste não treponêmico e classificação clínica da sífilis materna. Ressalta-se que foram seguidas as normas da Resolução CNS 466/12. RESULTADOS: No período de 2018 a 2022, foram confirmados 11.895 casos de sífilis em gestantes no Ceará, concentrando aproximadamente 3,38% dos casos do território nacional. O ano de 2022 teve o maior número de casos de sífilis em gestantes, com 2.838 registros e uma taxa de incidência de 25,27 casos para cada 1.000 nascidos vivos. O município de Fortaleza registrou o maior número de casos, com 5.184 notificações, seguido de Maracanaú (618 casos) e Caucaia (535 casos). Quanto ao perfil das gestantes diagnosticadas com sífilis, a maioria tem entre 20 e 39 anos (73,7%), pertence à raça parda (80,2%) e possui ensino fundamental incompleto (28,8%). Além disso, 75,8% dos casos apresentaram teste não treponêmico reativo e 28% foram classificados como sífilis primária. CONCLUSÃO: Diante desse contexto, faz-se imprescindível reforçar as ações voltadas à prevenção e diagnóstico precoce da sífilis, exigindo a elaboração de campanhas de conscientização e a busca ativa dessas gestantes por meio de equipes multiprofissionais, garantindo a acessibilidade e o cuidado integral.