Introdução: Amniorrexe prematura é o rompimento das membranas fetais antes do início do trabalho de parto, classificada como Rotura Prematura Pré-termo das Membranas, onde a gestante fica sob cuidados intensivos para que consiga chegar ao termo. A literatura recomenda avaliação das condições maternas e fetais e uma conduta conservadora, tentando prolongar a gestação até 34 semanas para aumentar a sobrevida fetal. Objetivo: Relatar a experiência e dificuldades enfrentadas na assistência de enfermagem a uma gestante e aplicação do Processo de enfermagem embasado em teoria. Método: Este trabalho é um relato de experiência vivenciado em uma maternidade de Teresina. Teve uma abordagem descritiva e reflexiva. Os dados foram coletados de forma qualitativa, por meio de coleta de informações no prontuário e perguntas à paciente, fundamentado na teoria de enfermagem de Wanda Horta. Resultados/Discussão: O objeto de estudo é baseado em uma paciente de 38 anos com amniorrexe prematura, em G9P6C1A1. Estava com 31 semanas e 5 dias. Apresentava-se em bom estado geral. Abdome gravídico indolor à palpação, apresentando movimentação fetal. Altura uterina de 31 cm, feto em boas condições. Apresentava perda de líquido amniótico. Sinais vitais estáveis, em uso de anti-hipertensivos devido à pré-eclâmpsia. A gestante relatou não ter feito pré-natal. Foi orientada sobre a importância do pré-natal e da amamentação para o binômio mãe e filho. Diagnósticos de enfermagem segundo a NANDA incluíram Conhecimento deficiente relacionado à falta de informação sobre os cuidados durante a gravidez e Risco de díade materno-fetal relacionado à rompimento prematuro das membranas. As intervenções NIC focaram no ensino sobre a condição e monitoramento contínuo dos sinais vitais da mãe e do feto. Para embasar os cuidados de enfermagem, a utilização da teoria de Wanda Horta foi fundamental, de modo que é essencial para uma gestante com múltiplos fatores que afetam a sua saúde e do feto, necessitando de cuidados físico, emocional e social. Considerações finais: O caso permitiu observar a vivência clínica de enfermagem na assistência a uma gestante de alto risco. As dificuldades incluíram o medo do manejo diante o risco elevado. A boa comunicação foi crucial para estabelecer confiança e permitir que a gestante relatasse sua saúde. A experiência ressaltou a importância do cuidado humanístico, fundamentado na teoria de Wanda Horta, que orienta o plano de cuidados de forma holística.