Introdução: diante da necessidade de romper com a hegemonia do paradigma biomédico na assistência à saúde, torna-se necessário buscar teorias que possam fundamentar uma prática assistencial biopsicossocial e espiritual, contemplando os aspectos metafísicos nas práticas cotidianas assistenciais Objetivo: identificar as contribuições da Teoria do Cuidado Humano à assistência integral à saúde, bem como as suas reverberações nas práticas assistenciais e do cuidado. Método: trata-se de uma revisão integrativa realizada a partir de uma busca nos portais Scielo, BVS e Portal de Periódico da CAPES, processada pelo protocolo PRISMA 2020, onde identificou-se um total de 906 trabalhos, restando 9 para compor a amostra final. Resultados/discussão: demonstrou-se que a aplicação do cuidado transpessoal possibilita o cuidado holístico, à medida que permite a criação de uma relação genuína profissional-paciente, construindo um ambiente de cura e valorizando a totalidade das necessidades humanas. Dessa forma, para que o cuidado transpessoal ocorra, orienta-se que o profissional nutra uma conexão genuína com o paciente, a partir da confiança, empatia e corresponsabilização pelo cuidado, bem como a entrada sua entrada no campo fenomenológico do ser cuidado, potencializando o reconhecimento das necessidades e a construção de um campo Caritas, isto é, a cocriação de um ambiente de cuidado autêntico e atencioso, capaz de proporcionar a restauração, reconhecendo-se o ato de suprir as necessidades do outro como sagrado. Trata-se, portanto, de superar a concepção tecnicista que alimenta relações frias e impessoais no âmbito da assistência à saúde, ao invés disso, recomenda-se o desenvolvimento de uma relação transpessoal, pautada no amor e na empatia, para que seja possível transcender o ego no cuidado. Considerações finais: constatou-se a relevância da aplicação da teoria, bem como a sua potencialidade em gerar uma assistência efetiva e humanizada à saúde, apta a romper com os reducionismos biomédicos e promover a integralidade.