INTRODUÇÃO: A partir da década de 70, a reforma psiquiátrica trouxe novas práticas ao Brasil, substituindo o modelo hospitalocêntrico, para o acolhimento em cuidados mentais, a integração social e familiar. Na área de enfermagem em saúde mental, tem-se avançado nas discussões do cuidado focado na pessoa, e na importância de respeitar suas experiências e necessidades, envolvendo - a no plano terapêutico. Neste contexto, a atuação da equipe de enfermagem em saúde mental visa oferecer um ambiente de acolhimento e cuidado, estabelecendo um vínculo de confiança baseado na empatia e no respeito. OBJETIVO: Analisar a contribuição da enfermagem na saúde mental com base em estudos existentes. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada na plataforma Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Utilizou – se os descritores: “Enfermagem” AND “Saúde Mental” AND “Enfermagem Psiquiátrica”. Após a busca identificou-se um total de 16.681 artigos. Aplicou-se nos artigos os filtros: texto completo, preferencialmente publicados nas bases MEDLINE, BDENF e LILACS, nos últimos 5 anos, na língua portuguesa, estudos observacionais e revisão sistemática e por fim, assunto principal: saúde mental, serviços de saúde mental e cuidados de enfermagem. RESULTADOS: Resultou - se em 4 artigos, nos quais foram observadas intervenções realizadas pelos enfermeiros, focadas na população em saúde mental e na melhoria da atenção psicossocial, apontando para o acolhimento, visitas domiciliares, consultas de enfermagem, encaminhamentos, medicalização e grupos de educação em saúde. Destaca-se a saúde mental como retaguarda dos serviços especializados, através de apoio matricial, onde o enfermeiro tem papel de facilitador das ações interdisciplinares. Ademais, os artigos apontam a fragilidade e falta de capacitação da enfermagem diante dos serviços de saúde mental, impactando diretamente no cuidado e assistência ao paciente. CONCLUSÃO: Os estudos apontam que intervenções em saúde mental realizadas pela enfermagem ocorrem em todos os níveis de atenção à saúde. Percebe-se que as abordagens psicossociais empregadas pelos enfermeiros ainda são frágeis quando comparadas a outras linhas de cuidados. No entanto, fazem-se necessários estudos adicionais, com uma maior abrangência na temática, a fim de contribuir na construção de planos terapêuticos, além de proporcionar cuidados holísticos, centrados no paciente, melhorando a assistência em saúde mental e a qualidade de vida dos indivíduos.