
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NO BRASIL ENTRE 2018 E 2022
Relatoria:
ANA PAULA SANTOS DE JESUS
Autores:
- Quezia Souza de Jesus Almeida
- Paloma Santos de Castro
- Caio Bomfim Guerra
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda maior causa de morte no mundo somada às grandes taxas de incapacidade naqueles que sobrevivem sendo, portanto, um grande problema de saúde pública. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos por AVC, nas regiões do Brasil entre 2018 e 2022. MÉTODO: Estudo ecológico, descritivo, com dados obtidos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), referentes ao período entre 2018 e 2022. Foram selecionados dados de mortalidade por AVC não especificado isquêmico ou hemorrágico (CID 10 - I64), e as variáveis sexo, cor/raça, faixa etária, escolaridade e local de ocorrência. O estudo dispensa aprovação do comitê de ética em pesquisa. RESULTADOS: No período analisado ocorreram 174.502 óbitos por AVC no Brasil, incluindo isquêmicos e hemorrágicos. O ano de 2022 foi o que apresentou maior ocorrência de AVC, em valores absolutos (35.982 óbitos). Quando analisado por regiões observou-se que a maior prevalência das mortes, entre os anos de 2018 e 2022 ocorreu no Sudeste (39,8%), seguido do Nordeste (34,4%). Houve predomínio do sexo masculino em todas as regiões do país totalizando 51,3%. Quanto à variável raça/cor, a maioria eram pretos e pardos (51,8%), quando estratificado por região observou-se maior prevalência de morte em brancos nas regiões Sudeste e Sul com 49,4% e 25,4%, respectivamente. No que tange à faixa etária, houve um predomínio de óbitos em pessoas com 80 anos ou mais, nas regiões Nordeste 45,6%, Sudeste 40,5% e região Sul 43,6%. Houve maior prevalência de óbitos na população sem nenhuma escolaridade 26,6%, destacando-se a região Nordeste com 51,8%. De acordo com o local de ocorrência, a maioria deu-se no ambiente hospitalar registrado como 68,2% dos óbitos ocorridos no país, seguido do domicílio representando 23,0% da totalidade de falecidos por AVC. CONCLUSÃO: Os óbitos por AVC ocorreram predominantemente em homens, idosos, negros, em pessoas com menor acesso aos estudos, e no ambiente hospitalar. No quesito raça a mortalidade aconteceu de forma desigual nas regiões, o sul e sudeste tiveram as maiores prevalências de AVC em brancos. Os altos índices de óbitos revelam a importância epidemiológica da doença e alertam para a necessidade do cuidado imediato, bem como a sensibilização da equipe de saúde para a rapidez com que o indivíduo acometido por ela deve ser atendido.