Introdução: as inteligências artificias são tecnologias capazes de executar tomadas de decisões e resolução de problemas complexos, a partir de treinamentos de algoritmos e aprendizado de máquina, simulando a mente humana. Essas tecnologias têm sido amplamente inseridas na área da saúde com o intuito de melhorar a prática clínica. Uma dessas aplicações consiste no uso para pacientes com úlceras, que exigem um acompanhamento e manejo adequado. Objetivo: identificar o perfil das publicações sobre inteligências artificiais para o manejo de úlceras. Método: revisão da literatura realizada no mês de julho de 2024 nas bases de dados da Medical Literature Analysis and Retrievel System Online e Web of Science, acessados via periódico CAPES, com o uso da estratégia de busca “Artificial Intelligence and Ulcer”, sem uso de filtros e recortes temporais. Incluiu-se artigos que abordavam inteligências artificias para úlceras dermatológicas. Excluiu-se revisões e carta ao editor. Os dados foram organizados em planilha online e analisados conforme estatística descritiva. Resultados: a amostra final abrangeu 31 artigos, publicados entre 2009 e 2024, sendo as publicações mais frequentes em 2024 (5; 16,1%). A maior parte das publicações eram do Japão (3; 9,6%) e EUA (4; 12,9%); tinham como tipo de estudo predominante a pesquisa metodológica (23; 74,1%) e estudo de caso (5; 16,1%); e os pesquisadores das tecnologias eram da área de medicina (18; 26,4%), biomedicina (14; 20,5%) e engenharia de softwares (13; 19,1%). As inteligências artificiais apresentaram como foco: lesões do pé diabético (13; 39,3%), lesão por pressão (7; 21,8%), lesões oncológicas (7; 21,2%), úlcera venosa (3; 9,09%) e lesões em geral (3; 9,09%). Foram desenvolvidas, em sua maioria, para detecção de lesão por pressão (6; 19,3%), classificação do pé diabético (6; 19,3%) e detecção de lesões neoplásicas (6; 19,3%). Considerações Finais: as inteligências artificiais estão sendo amplamente desenvolvidas para vários tipos de lesões, como lesões por pressão, diabéticas e oncológicas, para auxiliar profissionais de saúde no manejo adequado. Mais estudos devem ser realizados para avaliar a eficácia dessas tecnologias.