Introdução: A popularidade dos injetáveis para fins estéticos, especialmente a administração de ácido hialurônico, está em crescimento. Conforme a literatura recente, esse aumento de uso também tem levado a um aumento nas complicações relacionadas. Objetivo: Analisar as evidências da literatura acerca das complicações associadas ao uso do ácido hialurônico. Método: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, com levantamento bibliográfico realizado entre abril e maio de 2024, nas seguintes bases de dados: CINAHL, MEDLINE, Lilacs, BDENF e SCIENCE DIRECT. Foram utilizados os descritores: Nursing ‘and’ Esthetics ‘and’ Hyaluronic Acid. Os critérios de elegibilidade incluíram artigos completos, sem restrição de idioma ou temporal. Resultados: A busca resultou na identificação de 913 estudos. Desses, 45 foram considerados elegíveis para leitura na íntegra, resultando na seleção final de 15 estudos. As principais complicações encontradas foram: nódulos e abscessos no arco zigomático, reações granulomatosas, oclusão da artéria oftálmica, linfangioma nos lábios, celulite facial, trombose na testa, síndrome de infarto orbital, edema de pálpebras, alopecia por comprometimento vascular e ativação de herpes. A análise minuciosa dos artigos selecionados identificou que o uso de ácido hialurônico injetável pode resultar em complicações graves que exigem tratamento imediato. Fatores como técnica inadequada, desinfecção insuficiente, técnicas de injeção incorretas, imunidade reduzida e presença de patógenos contribuem para essas complicações, que podem surgir semanas a meses após a administração, apresentando-se com nódulos inflamatórios e edema. Ressalta-se que uma anamnese detalhada do histórico de saúde do paciente ajuda a avaliar os riscos do procedimento e a preparar o profissional para lidar com possíveis efeitos adversos. Uma avaliação rigorosa e um planejamento terapêutico adequado são essenciais para o sucesso do preenchimento labial. Conclusão: A literatura destaca a importância de técnicas de aplicação corretas, desinfecção adequada e a necessidade de profissionais bem treinados para reduzir riscos e manejar intercorrências. Profissionais capacitados, como enfermeiros estetas, desempenham um papel vital no reconhecimento e tratamento dessas complicações, contribuindo para desfechos clínicos mais favoráveis e para a satisfação do paciente com o procedimento estético.