A educação em saúde desempenha um papel fundamental e histórico na formação de profissionais críticos, reflexivos e que valorizem a discussão, a curiosidade, a incerteza, a complexidade e os questionamentos ao longo das práticas educativas. A promoção da saúde, o acolhimento e a construção de vínculos como princípios convergentes entre a Atenção Psicossocial e a Atenção Primária à Saúde (APS), podem contribuir para a desconstrução e transformação de estereótipos e preconceitos sobre os processos de adoecimento em saúde mental. Assim, é fundamental ampliar o diálogo com os profissionais da APS, para que compreendam a saúde mental como parte integrante de seu trabalho. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado a partir da vivência acadêmica extensionista, de uma capacitação desenvolvida para profissionais da APS, intitulada “Sofrimento mental: Como identificar e orientar os usuários dos serviços de saúde?”. Durante a capacitação, percebemos a importância das ações que a universidade oferece para a sociedade. Essa proximidade e troca de experiências proporcionam uma autonomia aos acadêmicos, permitindo que se sintam mais preparados e reflitam sobre a importância de dedicar um olhar atencioso e acolhedor ao paciente, mesmo diante da sobrecarga cotidiana citada pelos profissionais. É fundamental lembrar que o cuidado humanizado é essencial para o bem-estar do paciente e para o sucesso do tratamento. Afinal, é por meio desse cuidado individualizado que podemos promover a saúde e a recuperação de forma mais eficaz e significativa. Portanto, essa experiência reforçou a importância da capacitação contínua em saúde mental para equipes da APS, destacando o papel fundamental que esses profissionais desempenham no cuidado integral aos pacientes. A experiência extensionista foi positiva, gerando reflexões importantes. É fundamental, então, que sejam criadas estratégias pela gestão, para garantir a qualidade do atendimento, preservando também a saúde mental dos próprios profissionais. Incentiva-se que novas ações sejam realizadas, a fim de priorizar a valorização do cuidado humanizado e do acolhimento na assistência em saúde.