Introdução: A tuberculose (TB) continua sendo uma das principais causas de morbimortalidade em nível mundial, com raízes profundamente enraizadas em contextos de pobreza e com maior incidência entre grupos étnicos minoritários, como as comunidades indígenas. Objetivo: Desenvolver promoção da saúde para oportunizar o acesso ao diagnóstico precoce e tratamento correto para tuberculose para uma comunidade indígena no Maranhão. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência da disciplina de Projeto de Extensão II, que envolveu atividades de educação em saúde sobre tuberculose com indígenas locais em um município do centro maranhense. Resultados/Discussão: Durante a execução do projeto de extensão, foi perguntado aos participantes se conheciam a tuberculose. Observou-se que uma parte significativa demonstrava desconhecimento e receio em responder sobre o que seria a doença. Como parte da intervenção, foi elaborada uma cartilha informativa, que posteriormente foi distribuída na área para os participantes com o intuito de informá-los sobre a tuberculose. A experiência foi desafiadora e enriquecedora, os alunos enfrentaram dificuldades, como a barreira linguística e cultural, mas também encontraram grande receptividade e interesse por parte do grupo. A interação direta com os indígenas permitiu que os alunos compreendessem melhor as necessidades e preocupações da população, ajustando suas abordagens educativas para serem mais eficazes e culturalmente sensíveis. Considerações finais: A intervenção revelou a necessidade urgente de estratégias educacionais para combater o desconhecimento e o estigma associado à tuberculose nas comunidades indígenas. A criação e distribuição da cartilha informativa mostraram-se uma ferramenta eficaz para aumentar o conhecimento sobre a doença, suas formas de transmissão, sintomas e a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado. No entanto, para garantir a sustentabilidade das ações e a efetiva redução da morbimortalidade por tuberculose nessas comunidades, é essencial que iniciativas de educação em saúde sejam contínuas e acompanhadas por políticas públicas que melhorem o acesso aos serviços de saúde.