Introdução: O coqueluche é uma doença infecciosa causada pela bactéria Bordetella pertussis, que tem alta transmissibilidade e morbimortalidade infantil. Em meados de 1980, o número de casos atingia cerca de 40 mil notificações anualmente, passando a não atingir 1500 casos em 2007. Esse decréscimo de incidência se deve, principalmente, ao fato da cobertura vacinal que foi sendo atingida no decorrer dos anos. Entretanto, em 2013 houve um registro de 6.368 casos de coqueluche no Brasil, sendo acompanhada de uma diminuição da cobertura vacinal. Objetivo: Revisar na literatura as possíveis causas da diminuição da cobertura vacinal e sua relação com o aumento de casos de coqueluche. Métodos: Trata-se de uma revisão de escopo, utilizando como base de dados o Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), utilizando o acesso à Comunidade Acadêmica Federada através da instituição Universidade Federal da Paraíba. Os critérios de inclusão escolhidos foram: os artigos estarem disponíveis na íntegra e em português, descritores “coqueluche” “cobertura vacinal” “reincidência”. Resultados: Os resultados apontam que ao relacionar a faixa etária com a quantidade recebida de doses da vacina que previne o coqueluche, observou-se que o público mais atingido é aquele que tem seu esquema de doses da vacina DTP/DTPa incompleto ou ausente, principalmente as crianças menores de 3 meses. Alguns fatores que estão relacionados com a diminuição da cobertura vacinal são o esquecimento, recusa vacinal, criança doente no momento da vacinação ou falta da vacina na UBS. Além disso, a internet se tornou um meio de propagação de notícias falsas sobre a eficácia e os efeitos colaterais das vacinas, dando forças ao movimento antivacina, causando hesitação vacinal, ou seja, o atraso em aceitar as vacinas ou a recusa total. Considerações finais: Comprova-se que a diminuição da incidência de doenças transmissíveis como a coqueluche, dependem totalmente de uma cobertura vacinal adequada, e com a administração de todas as doses dentro do intervalo de tempo correto. Nesse contexto, é fundamental implementar estratégias de monitoramento que assegurem a manutenção e o aumento das taxas de cobertura vacinal, de maneira uniforme, para reforçar os esforços no combate ao retorno de doenças que podem ser prevenidas por vacina.